sábado, 30 de junho de 2018

Inovar também é estudar

Quando começamos a nos questionar sobre as coisas, mudanças começam a acontecer. Pensar sobre a validade e os conceitos do que tem sido feito até o momento em relação a educação, não é tarefa fácil. Ao iniciar o curso de Pedagogia, aqui na UFRGS, meus conceitos sobre metodologia de aula estavam voltados apenas para o ensino de língua portuguesa e matemática. As escolas estão tão sucateadas que outras disciplinas parecem não importar mais e os professores tentam trabalhar outras disciplinas, mas sem sucesso. Então, como fazer para que os alunos retornem a se interessar pela escola?

Cunha (2004) aborda a tecnologia como trunfo para fugir da crise educacional. Porém, como trabalhar com as inovações tecnológicas se os professores não dominam as tecnologias, ou não tem acesso a elas? Para vencer os desafios tecnológicos, fiz vários cursos de formação para trabalhar com informática, mas ainda não foi suficiente. Foi necessário voltar a uma graduação para ampliar meus horizontes e tornar minhas aulas mais atrativas e atualizar minha metodologia.

O medo de não conseguir vencer a tecnologia afasta os professores da inovação (Cunha, 2004). Muitos professores não têm tempo de voltar a estudar, e suas condições de trabalho não lhe permitem tal benefício. Contudo, Cunha (2004) diz que a inovação existe em um determinado tempo, local e circunstância como produto da ação humana sobre o ambiente e o meio social. Então, ao buscar por novos caminhos para construir uma sociedade mais crítica e comprometida, já me considero uma inovadora. Acredito que quando se trata de educação precisamos arriscar, pesquisar e propor o mesmo para nossos alunos.

Estar preparado para ser professor é pensar inovações e atuar buscando novas formas de pensar.

Referência
Cunha, Maria Izabel. INOVAÇÕES PEDAGÓGICAS E A RECONFIGURAÇÃO DE SABERES NO ENSINAR E NO APRENDER NA UNIVERSIDADE

quinta-feira, 28 de junho de 2018

A inclusão em suas múltiplas facetas

Uma brincadeira pode mudar o comportamento de uma criança com autismo. 
De acordo com Montoya (2006) enfrentamos questões voltadas ao saber de como as novas novas formas de ação humana se organizam a partir de formas anteriores (reflexos e esquemas sensório-motores) e como nesse processo participam fatores endógenos e endógenos. Desafio maior ainda quando observamos essas características em uma criança com TEA. Questiono-me sobre a aquisição da linguagem em uma criança autista, como compreender suas estruturas mentais, como fazer essa socialização para aquisição da linguagem?

28/6/2018 - Turma 3°A 
EMEF Marechal Bitencourt

O TEA é considerada uma doença geneticamente heterogênea e complexa, já que apresenta diferentes padrões de herança e variantes genéticas causais. Pensando na teoria do desenvolvimento de Wallon a afetividade é um importante aspecto a se considerar em relação ao progresso do crescimento.

Meu aluno com TEA depois de três anos com sua turma está conseguindo fazer algumas conecções e brincando a sua maneira.

domingo, 24 de junho de 2018

Signo e Significantes

Aquisição da Linguagem

Os processos de aquisição da linguagem visam explicar de que modo o ser humano parte de um estado em que não possui qualquer expressão verbal e incorpora a língua de sua comunidade nos primeiros anos de vida, adquirindo um modo de expressão social dela dependente. De acordo com Correa (1999) toda criança é capaz de tomar a língua de sua comunidade como língua materna e adquirir, simultaneamente, mais uma língua. A autora aborda que há um padrão de desenvolvimento comum aos indivíduos nas diferentes línguas. Com isso, cabe a uma teoria da aquisição da linguagem explicar esse fato e elucidar o processo da aquisição espontânea de qualquer língua humana.

A partir dos estudos citados, deparo-me com uma fala tão distante da norma padrão trazida por meus alunos. São representações da fala dos seus grupos sociais, que se distanciam de uma norma padrão, mas que representam a cultura desses indivíduos. É papel da escola auxiliar aos alunos, desde a educação infantil, na aproximação de uma fala mais próxima da língua padrão, para que assim a alfabetização desses crianças não apresente tantas dificuldades. De acordo com Coelho, Lanza e Reis (2015) a criança necessita de uma consciência fonológica, que compreende à estrutura dos sons da fala para que posteriormente, tenha um bom desenvolvimento na leitura e na escrita.

A Educação Infantil tem importante papel no desenvolvimento fonológico da criança, de forma lúdica e com atividades interativas e corporais é possível desenvolver a construção linguística da criança. Devemos estar atentos para compreender que a alfabetização escolar de uma criança inicia desde sua formação inicial na pré-escola. O letramento é outro fator importante para o desenvolvimento da criança e não deixemos de lado seu conhecimento de mundo, que vai sustentar toda essa carga de conhecimento e acomodar, para que haja uma aprendizagem significativa.




REFERÊNCIAS

Coelho, Maria José, Lanza, Paula Moreira Martins de Oliveira e Reis, Izabel Cristina da Silva.  CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA: Relações e Implicações para a Prática Pedagógica. OUTUBRO 29, 2015. Pós em Revista - Ed. 11. Disponível em http://blog.newtonpaiva.br/pos/e11-ped-01-consciencia-fonologica-e-a-aquisicao-da-linguagem-escrita-relacoes-e-implicacoes-para-a-pratica-pedagogica/ visitado em 24/06/2018.


Correa, Letícia Maria Sicuro. Aquisição da linguagem: Uma Retrospectiva dos Últimos Trinta Anos. D.E.L.T.A., Vol. 15, Nº Especial, 1999 (339-383).


terça-feira, 19 de junho de 2018

Tic's e a nova escola

Estive me perguntando se realmente existe uma nova escola que proporcione aos alunos novidades relacionadas a área de tecnologias. Não sei se estamos evoluindo ou apenas reproduzindo as aulas tradicionais na informática.

Nossos alunos são muito reprimidos em relação a utilização da informática nas escolas devido a falta de manutenção desses espaços. Turmas grandes precisam ser divididas para que possam ir ao laboratório e isso implica em aulas quinzenais ou muitas vezes mensais.

Os professores que trabalham nos laboratórios não permitem que os alunos mexam nas máquinas para que as mesmas não estraguem. Muitas vezes, os professores não têm conhecimentos simples para organizar as máquinas e assim é necessário chamar técnicos para configurações que poderiam ser feitas pelos professores.

Outro grande problema é a internet, que não comporta alguns sites e quando o professor precisa utilizá-la para esse fim, os sites não abrem e trancam todas as máquinas. Isso acarreta em criar estratégias para realização das atividades de outra maneira, que muitas vezes acaba impedindo que todos os alunos utilizem a máquina.

Não é tarefa fácil resolver esse problema que permeia a educação brasileira da rede pública. Espero que cada vez mais se amplie a oportunidade de trabalhos no laboratório de informática.


Postagens de 2018/2

Mudar é preciso, evoluir faz parte da nossa condição humana As postagens realizadas neste último semestre, já estão vinculando prática ...