sábado, 24 de março de 2018

Didática e Educação

Pergunto-me como a escola se desenvolveu até chegar aos moldes atuais. Ao estudar a história da educação, vemos que o Brasil sempre copiou modelos de escolas de outros países. Nunca houve uma identidade na educação brasileira, sempre buscamos fora do nosso país respostas para nossos problemas. Não encontraremos as respostas, mas apoio em teorias que foram estudadas e desenvolvidas para outras realidades, que não a nossa.

Na aula de Didática, planejamento e avaliação, tínhamos que pensar e criar uma escola para outro planeta. O que fizemos? Criamos escolas dentro dos nossos padrões de conhecimento, até aí, tudo bem, mas dei-me conta que essas escolas não foram pensadas para incluir alunos com necessidades especiais. Isso significa que ainda não estamos incluindo, pois não houve trabalho com essa preocupação, embora meu grupo tenha pensado na acessibilidade. Não pensamos por conta própria e nem vemos a escola como um espaço para todos. Estamos caminhando a passos lentos, mesmo com todo investimento feito em educação nos últimos anos.

A escola que idealizo é um espaço em que os alunos possam se desenvolver sendo atendidas em suas especificidades com oportunidade de ser agente do seu conhecimento, demonstrando suas habilidades e adquirindo outras, de forma prazerosa e eficaz. O Brasil, precisa de uma escola que proporcione uma educação completa para as crianças, em que o professor seja um patrocinador do desenvolvimento dos alunos, conduzindo-os pelos constantes desafios.


quarta-feira, 14 de março de 2018

Linguagens e Educação

Essa semana tivemos a primeira aula sobre aquisição da linguagem, e o questionamento foi "-como as crianças desenvolvem a linguagem?". Desde de bebês, somos incentivados a falar, através de vários estímulos, pelo condicionamento biológico, por imitação, por observação entre outros. Chomsky diz que a aquisição da linguagem é inata, ele foi o criador do gerativismo, que revela a linguagem como um instinto do ser humano.

Além de Chomsky, existiam outras teorias sobre a aquisição da linguagem, como a de Skiner, que dizia que o condicionamento entre estímulo/resposta/reforço, do adulto para criança, proporcionava a aprendizagem. A imitação era outra ferramenta muito usada e defendida pela teoria behaviorista a qual Skiner defendia.

Vygotsky era outro estudioso que defendia a teoria Interacionista. Para ele a linguagem é adquirida através da interação dos seres entre si e com o meio social. Diz que ao mesmo tempo que a linguagem é algo individual também é coletivo, seu objetivo é a comunicação.

Contudo, tenho um aluno que é autista e ainda não desenvolveu completamente a fala, mas está em processo de desenvolvimento. Ao ler as teorias apresentadas sobre inatismo, processo de aquisição por estímulo/resposta/reforço e interação com outros da espécie e com o meio social, questiono-me sobre como auxiliar o desenvolvimento da fala de uma criança autista. Que tipo de intervenção utilizar para que o aluno se desenvolva melhor? Quais atividades propor?

A aprendizagem e aquisição da linguagem em uma criança normal se dá de forma esperada, mas em crianças com necessidades especiais, como proceder para incluir uma comunicação eficaz?


domingo, 11 de março de 2018

Reflexão Inicial

E iniciou o sétimo semestre, com ele novas reflexões e aprendizagens. O curta "Escolas democráticas", de Jan Gabbert (2006), apresentou a realidade de uma escola com princípios mecânicos e conservadores, a qual conhecemos como Escola Bancária, de acordo com Freire. Logo, pensei na estrutura e funcionamento das escolas em que trabalho. Não é diferente da perspectiva apresentada pelo vídeo, o qual faz uma crítica excelente à metodologia do professor, ao interesse dos alunos e às tecnologias dispostas na Escola.

Várias cenas chamaram atenção ao longo do vídeo. Uma delas está relacionada à sala de aula ambiente, as quais estão equipadas com vários objetos de interação e aprendizagem para o aluno, porém eles não têm liberdade para desenvolver as tarefas com autonomia, quem diz o que deve ser feito é o professor, que é o depositário de todo saber presente no espaço escolar.

Isso lembra muito as escolas atuais, que ainda querem ser as detentoras do conhecimento, valorizando a teoria acadêmica e dispensando o conhecimento do aluno e suas experiências. A concepção de um modelo voltado para o Reforço, está latente nesta escola, em que o aluno aprende através da repetição, se for feito várias vezes. Essa reprodução está presente no dia-a-dia das escolas em que trabalho e muitas vezes eu pratico esse modelo, que é o que a maioria das pessoas acham que funciona. Colegas ainda não veem com bons olhos professores interdisciplinares, que preferem utilizar a Pedagogia Relacional, em que o aluno é responsável por sua aprendizagem, através da experiência, pesquisa, autonomia, diálogo, apresentação oral, debates, produções opinativas, entre outros.

Espero que o abismo que existe dentro e fora dos muros da escola seja suprimido através da interação professor x aluno, aluno x aluno, professor x professor, comunidade x escola. Uma melhor qualificação para os profissionais da educação também deve ser prioridade, bem como os espaços escolares. É dever e compromisso da sociedade pensar e investir em educação proporcionando-possibilidades de crescimento e desenvolvimento .



Referências


Postagens de 2018/2

Mudar é preciso, evoluir faz parte da nossa condição humana As postagens realizadas neste último semestre, já estão vinculando prática ...