O Jornal da Adunisinos trouxe uma reportagem, em sua edição 57, de junho de 2017, sob o título A Década Internacional dos Afrodescendentes no espelho da contradição entre a Lei da "Educação da Relações Étnico - Raciais" e o histórico "Rolo Compressor" da "branquialidade": interrogações para o momento atual na Educação, na Economia e na Política Brasileira, em que apresenta alguns problemas com a implantação das leis que defendem as minorias marginalizadas no Brasil. De acordo com a professora Dra. Adevanir Aparecida Pinheiro, nosso país passa pela morte da democracia devido aos últimos assombros políticos ocorridos.
segunda-feira, 23 de outubro de 2017
domingo, 1 de outubro de 2017
Atendimento Educacional Especializado
Ao estudar sobre a história da luta dos deficientes em garantir seus direitos como cidadãos brasileiros percebi que essas pessoas sofrem com a desigualdade e preconceito. E pior, são vistas como pessoas que incomodam quando solicitam o simples direito de ir e vir, como qualquer cidadão comum. A Constituição de 1988 garantiu aos portadores de necessidades especiais garantias diversas, entre elas o direito a educação, preferencialmente no ensino regular. Essas pessoas não estão pedindo tratamento especial, mas o direito a cidadania como qualquer pessoa comum. Contudo para que isso ocorra é necessário algumas adaptações, que também foram garantidas em lei. Porém, não se constata a eficácia dessas leis, pois muitas pessoas portadoras de necessidades especiais são privadas de seus direitos quando não há acessibilidade.
Em uma escola X, há alunos que tem mobilidade limitada, e mesmo assim a biblioteca, o laboratório de informática, a sala de multimídia ficam no segundo e terceiro andares da escola. Esse aluno perde o direito de utilizar esses espaços e frequentemente é excluído das atividades, permanecendo na sala de aula com sua professora de apoio. Estamos no século XXI, e ainda acontecem esses episódios de exclusão. A escola permanece um local de exclusão, mesmo com tantas leis que garantam os direitos dessas pessoas. O que fazer com relação a estes problemas? É necessário minimizar esse rígido sistema e garantir o acesso e permanência de todos na escola.
Epistemologias Críticas
Pergunto-me o que faz de um professor, um bom professor?
Como vou saber se meu trabalho com alunos é significativo?
Será que ministrei uma boa aula, ou eu deveria ter dado simples exercícios de fixação para que estejam preparados para as aulas do 6º ano?




Como vou saber se meu trabalho com alunos é significativo?
Será que ministrei uma boa aula, ou eu deveria ter dado simples exercícios de fixação para que estejam preparados para as aulas do 6º ano?
Perguntas assim tiram meu sono muitas vezes. Na última reunião para atualização do PPP de uma das escolas em que trabalho, meu colegas optaram por seguir o modelo tradicional de aprendizagem. Sendo assim, fico questionando minhas habilidades como professora. O empirismo nos diz que os alunos aprendem através da transmissão do conhecimento pelo professor, que é o detentor do saber e tem a obrigação de ensinar. Contudo, o que devemos ensinar aos alunos que eles não consigam encontrar na internet com apenas um toque na tela?
Acredito que seja necessário construir a aprendizagem com meus utilizando todos os recursos que tenho disponíveis e um deles muito importante é a tecnologia. Aprender a utilizar a internet e suas inúmeras possibilidades é um grande avanço nas aulas regulares e presenciais. Entretanto, os conteúdos curriculares estão batendo a nossa porta, e as provas de seleção para o ensino médio ainda estão voltadas para o conteudismo. Então, de que forma vou mudar minhas aulas se a escola tradicional cobra constantemente índices de desenvolvimento e seleção? Desde que passei pelo Ensino Fundamental, e isso faz um bom tempo, os conteúdos programáticos da escola ainda são os mesmos. O que isso significa realmente?
Se formos pensar na modelo pedagógico do apriorismo, em que os alunos aprendem através de estímulos, com a mínima interferência do professor, e suas próprias ações veremos outra falência. Porque aqueles que tiverem auxílio e conseguirem despertar seu conhecimento irão adiante e os demais serão classificados como inaptos para aprender. Então, aqui temos outro exemplo de seleção, aqueles que conseguirem aprender o que está designado para ser aprendido segue adiante, os demais ficam para trás. Ou seja, há outro padrão estruturado, que certamente está voltado para o conteudismo.
A escola continua a mesma, como preparar criticamente os alunos para atuarem através de suas construções e experiências com uma escola tão retrógrada?
Tenho um dilema em minha vida. Certa vez, uma colega disse que eu "privava as crianças de aprender", como se faz isso, em uma escola tradicional? Como se priva alguém de aprender? Num universo de tantos estímulos é capaz de uma criança não aprender? Piaget diz que a aprendizagem transforma o sujeito. Acho que acabo de me transformar em um questionário ambulante.




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