terça-feira, 10 de novembro de 2015

Por que sou professora?

Sempre quis ser professora, meu sonho desde a infância era ser professora. Hoje, sinto-me realizada e exerço minha profissão com muito carinho e dedicação.

https://youtu.be/A-8BgT0Bpow

Letramento e Alfabetização

A criança precisa de interação com o mundo da escrita para se apropriar dela e da leitura. A formulação de hipóteses e a possibilidade de compartilhar descobertas é imprescindível para o evolução do cognitivo da criança. Os níveis de desenvolvimento da alfabetização auxiliam muito os professores na preparação de atividades para desafiar os alunos em cada nível que se encontram. A revolução na alfabetização  proporcionada por Emília Ferreiro demonstra uma mudança de concepção no ato de aprender, o que se pensava que era erro da criança, passa a ser hipóteses de escrita e visualização de seu prograsso.

Professora Alfabetizadora e Mãe

Minha experiência vem da alfabetização de meu filho Gabriel. ele sempre gostava de ir com sua avó para casa dos bisavós, na Feliz, cidade próxima a São Leopoldo, onde residimos. Lá ele envolvia-se em tratar os animais, cuidar dos porcos, brincava com os porquinhos pequenos e sempre que voltava pra casa pedia para mim, se ele podia trazer um porquinho para casa. Então, eu lhe explicava que os porquinhos vivem nas chácaras dos vovôs e não podem morar na cidade. Gabriel desde pequenininho ia para casa dos bisavós, lá eles falavam alemão e ele posteriormente teve muita facilidade em estudar o idioma. Bem, com todas essas vivências, quando ia para escola sua professora, da primeira série, trabalhava com eles palavras que estavam no cotidiano das crianças,  seus nomes, rótulos, itens de nossa casa, etc. em abril Gabriel lia de tudo e adorava ler. Quando estava na segunda série, ele escreveu seu primeiro texto, achei que vem de encontro com o que os autores estudados referenciam. Era uma escrita livre, a partir de um rabisco, em que as crianças podiam inventar um desenho e escrever sobre ele. Para minha surpresa, Gabriel escreveu sobre um tema bem conhecido seu "os Porcos" e animais os quais estava acostumado a conviver. Acredito que isso seja leitura de mundo, e que assim, há um alongamento na inteligência de mundo que está calcada na escrita de seus conhecimentos prévios. O texto feito por ele, ainda guardo de recordação, e volta e meia vejo Gabriel relendo sua primeira história.


Pedagogia das descobertas

Na primeira semana de novembro, obtive uma experiência muito boa em sala de aula, que reflete bem as perspectivas descritas por Piaget e Ferreiro. Estou trabalhando verbos com meus alunos do quinto ano, e meus alunos são muito competitivos, então desafiei que se eles descobrissem o que significava o "pretérito imperfeito" do modo indicativo, receberiam um prêmio. Logo coloquei duas frases no quadro e pedi para que pensassem sobre elas e criassem hipóteses sobre o que significava um verbo no pretérito imperfeito. Ao analisar as frases e pensarem em duplas sobre o assunto, eles começaram a apresentar suas hipóteses. Uma dupla apresentou sua análise e estava correta. Foram premiados, porém, o mais importante foi que todos se empenharam em encontrar uma hipótese para o problema, e todos compreenderam de forma satisfatória o conteúdo.
A experiência de buscar hipóteses, pesquisar um determinado assunto, criar conceitos com colegas, debater, inovar, desafiar conceitos existentes, entre outros, são atividades riquíssimas para sala de aula, que despertam a curiosidade da criança e as induzem a pensar sobre os fatos tornando-se críticas.

domingo, 1 de novembro de 2015

Aprender a ler e escrever

De acordo com Emília Ferreiro, as crianças são facilmente alfabetizáveis, acredito nessa premissa. Cito como exemplo meus filhos, que desde pequenos foram incentivados com histórias, brincadeiras, livros, passeios a feira do livro, entre outros.

Quando pequeno, Gabriel, gostava de ouvir histórias junto com sua maninha, Eduarda. A história preferida deles era "João e Maria", ambos identificavam-se com esta história dos irmãos que eram abandonados pelo pai, em uma floresta, e depois eram torturados por uma bruxa malvada, mas no fim conseguiam voltar para casa de seus pais. Acredito que ao contar essa história, eles pensavam em si próprios, passando por uma catarse significativa, porque passavam o dia na creche e depois voltavam para casa. Contei essa história por muitos anos para os dois, toda noite, e muitas vezes eles diziam: - mãe não é assim, essa parte é depois! - ´Parei de contar essa história para eles quando Gabriel mudou de escola e Eduarda ficou sozinha na creche.

Sempre brincava com eles de contar nos dedinhos, os meus, todos juntos, só os deles, uma mão de cada um, e assim por diante, ali já fazíamos continhas de adição e subtração brincando. Cantava música com eles, e os deixava brincar livremente, muitas foram as vezes que encontrei minhas paredes rabiscadas, os dois sujos até a cabeça de areia, terra, tinta e tudo mais. Andaram de bicicleta, skate, patinete, brincaram na chácara, alimentaram os bichos, enfim, criaram uma bagagem de mundo muito grande até entrar no mundo escolar.

Ambos alfabetizaram-se muito rápido, sinto por não ter guardado os textos da Eduarda, que eram tão lindos, quanto os do Gabriel. Acredito que crianças com várias vivências, experiências de mundo, letradas antes de entrarem na escola tenham um melhor desenvolvimento e facilidade para aprender. E certamente, a interação com a escrita, tendo histórias para contar e possibilidades de construir seu conhecimento a partir de sua leitura de mundo é muito significativo para a criança.


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