Quem diria que há séculos atrás, haveria alguém preocupado com a metodologia de ensino e que essa pudesse ser tão atual como a que vivemos hoje. Comênio nasceu em Niwnitz, Morávia, em 1592. Publicou seu primeiro livro em 1616, Preceitos para uma gramática facilmente ensinada. Em 1631, publicou a enciclopédia "Porta aberta das línguas" e em 1658 "O mundo em imagens", primeiro texto ilustrado que aparece na história da pedagogia. Ele se esforçava para ensinar mais facilmente, rapidamente e de forma eficaz.
Tinha interesse em universalizar o ensino, ensinando tudo a todos, pois acreditava que todas as pessoas deveriam ser educadas. Sua metodologia visava os seguintes aspectos:
- Religiosidade da época;
- Educação para todos;
- Respeitar a capacidade de compreender do aluno;
- Não sobrecarregar as aulas;
- iniciar do fácil para o difícil;
- Cuidar da motivação dos alunos;
- Incentivar que os alunos ajudem uns aos outros;
- Alternar o trabalho com descanso;
- Bom relacionamento entre professor e aluno.
Todos esses quesitos para universalização do ensino ainda são utilizados nos dias de hoje. Quando li a história metodológica de Comênio, logo pensei em minhas aulas e em como ainda nos dias de hoje lutamos para universalizar o ensino. Pensando assim, podemos observar, também, a luta pela Educação de Jovens e Adultos, que é essencial para emancipação social e cultural de um indivíduo.
Se a escola regular e o sistema social de garantias de educação de qualidade e permanência na escola atingisse aos cidadãos brasileiros, ainda na infância, a trajetória de vida das pessoas seria melhor.
Referências Bibliográficas
DOLL, Johannes; ROSA,
Russel Teresinha Dutra da. A metodologia tem história. In: _______ (orgs.).
Metodologia de Ensino em Foco: práticas e reflexões. Porto Alegre: UFRGS, 2004,
p.26-29
Referências Bibliográficas
GASPARIN, João
Luiz. Comênio ou da arte de ensinar tudo
a todos. Campinas: Papirus, 1994. p. 41-42.
COMÉNIO,
João Amós. Didácta Magna: tratado da
arte de ensinar tudo a todos. 4. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
1996. 525 p.