sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Atividades e comunicação


Quando vamos fazer uma leitura,  o indivíduo deve ler e posteriormente ler com atenção atento aquilo que acha mais importante e a partir dessa nova leitura refletir e transformar esse conhecimento em algo real e palpável para si. assim, estamos nos aprofundando no ato de ler, de estudar. Para tornar mais significativo para meus alunos solicitava um tema e que os alunos preparassem uma apresentação para os colegas. Através do estudo em vários materiais, os alunos pesquisavam e preparavam miniaulas para apresentar aos colegas e posteriormente fazíamos uma exposição dos trabalhos.

Eram atividades que  os alunos apresentavam eram discutidas no grande grupo e os alunos davam sugestões sobre os trabalhos, discutiam sobre o que cada aluno trazia de novo e no trabalho seguinte os alunos buscavam por novas atividades e inovavam em suas apresentações.

EMEF Maximiliano Henrique Coelho Neto - 2017

EMEF Maximiliano Henrique Coelho Neto - 2017

Método clínico de Piaget

Há vários tipos de desenvolvimentos para ampliarmos ao longo de nossa vida, cognitivo, afetivo, social, motor. Piaget acredita que através da interação com o meio existirá construção do conhecimento e assim passaremos por vários estádios de crescimento. Para compreender melhor esse processo aplicamos o método clínico piagetiano em um de nossos alunos e assim pude aprender um pouco mais sobre o desenvolvimento da criança diante de um desafio.

Camile, 7 anos, 2017
A aluna Camile realizou as atividades propostas e respondeu as perguntas realizadas baseada em seu conhecimento de mundo. Analisou atentamente os desafios propostos e respondeu de acordo com seu manuseio e análise de fatos. Adorei essas atividades e achei o trabalho muito significativo para compreender melhor a construção do pensamento.

Referências

MARQUES, TANIA BEATRIZ IWASZKO.  FREZZA, JUNIOR SACCON . MÉTODO CLÍNICO PROVAS OPERATÓRIAS.

Atendimento Educacional Especializado

Este ano foi muito importante para mim, embora sem saber se estava fazendo a coisa certa. Fui apoio de um aluno TEA (transtorno do espectro autista). Ao longo do ano as pessoas comentavam como ele teve progressos significativos e um desenvolvimento significativo, contudo acredito que eu tive um grande progresso ao trabalhar com ele. sempre tive medo de trabalhar com alunos portadores de necessidades especiais e achava que nunca conseguiria trabalhar com uma turma que tivesse alunos de inclusão. Ao longo dos estudos realizados na interdisciplina percebi que todo movimento para trabalhar com alunos de inclusão é válido e também descobri que, na verdade, muitas vezes o ambiente é que dificulta a mobilidade de uma pessoa e não o contrário.

Os ambientes não facilitam a vida das pessoas em geral, então agride aqueles que têm necessidades especiais. Meu aluno precisava de alguém que o ajudasse a compreender o ambiente escolar e foi isso que fiz. Começamos o ano com um garotinho que não conseguia ficar um minuto sentado na cadeira e terminamos o ano fazendo trabalhos em grupo. 

EMEF Marechal Bitencourt 2017

“Ensina-me de várias maneiras, pois assim sou capaz de aprender.” Cíntia Leão Silva

Como Abordar a Cultura Afro-brasileira nas Escolas

A reportagem sobre "Negritude e direito à comunicação", de Sátira Pereira Machado, esclarece a importância das mídias para educação e para estimular novos saberes e a disseminação de culturas. A educação a distância passou ter responsabilidade significativa em relação a formação da população em geral. Novas formas de aprender estimularam ações afirmativas e projetos comunitários se criaram em torno da comunicação digital. Os projetos de inclusão digital chegaram aos quilombos resgatando entre tantas coisas a cultura africana e a propagando de forma a mudar a visão do negro como escravo oprimido, mas mostrando a luta pela liberdade, seus heróis, língua, cultura, religião, entre outros.

Posted by  | maio 23, 2014 | 


Referências


Mundo Jovem: um jornal de ideias. Afro.Br - Subsídio sobre a cultura afro-brasileira para efetivar a Lei Federal 10.639/03. Maio de 2015, v. 1, n.2


quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Racismo e preconceito na Escola

Ao longo do semestre desenvolvi um projeto sobre o racismo nas escolas. Ao ler uma entrevista na revista Nova Escola, achei interessante trabalhar o tema com meus alunos e a pergunta para eles foi:

- Nascemos racistas, ou nos tornamos racistas ao longo da nossa vida?

Os alunos tinham que questionar seus pais e outros familiares sobre o assunto. A maioria das crianças trouxe como resposta que nos tornamos racistas ao longo de nossa vida e as alternativas mais sitadas foram:
  1. Convivência com pessoas que nos incutem estereótipos;
  2. As mídias em geral;
  3. Exemplos da própria família.
Conversamos sobre o assunto e sobre problemas de preconceito com colegas na escola, porque embora os alunos tenham se autodeclarado não racistas estávamos com algumas dificuldades entre alguns colegas. A partir desse assunto entramos em várias questões relacionadas a discriminação e o quanto é difícil percebermos que estamos praticando ato de preconceito. Por fim, fizemos uma autorreflexão através de produção textual e lemos nossos textos para turma.

 

O que são diferenças?

Ao estudar sobre o atendimento especializado para crianças com necessidades especiais (AEE) assisti a um vídeo em que as pessoas contavam sobre a luta dos portadores de necessidades especiais e suas famílias para conseguir melhores condições de vida. Num passado não muito distante, era vergonhoso para uma família sair com seu "filho deficiente" na rua, então, essas pessoas eram levadas para instituições, ou permaneciam sob os cuidados de um familiar. Com o passar dos anos e através de estudos médicos e da garra de muitas famílias esse contexto está mudando. Aos poucos vem se rasgando uma carapaça de preconceito e estereótipo de que as pessoas portadoras de necessidades especiais não tem condições de participar da sociedade.

Os estudos apontam que o problema não são as pessoas que são limitadas, mas o ambiente que vivem que é deficiente, não atendem as suas necessidades. Passei a ver as coisas sob um novo ângulo. Em uma das escolas que atuo como professora tem um aluno cadeirante que nunca foi a biblioteca e nem a sala de informática, porque não tem acesso a tais ambientes. A escola é deficiente para esta criança. Como conceber algo assim? Lembro de ir escolher livros na biblioteca para ele, mas e o gosto pela leitura, e o prazer da escolha, essa criança é privada disso e ninguém pensa nisso. As pessoas acham normal ele não poder se locomover até esses locais, pois a culpa é da prefeitura que não colocou elevador na escola. Sempre há alguém para depositarmos a culpa.

Com isso, compartilho do pensamento de Amaral (1998) em que as diferenças são harmonizadas pela compensação "é negro, mas tem alma branca", atenuação "não tem uma perna, mas podia não ter as duas" e simulação "é cego, mas é como se não fosse". Concluo com uma frase de Izabel Maior - médica - que diz: A garantia de dignidade não depende apenas do corpo, mas do mundo em que vivo.




Referências Bibliográficas

Texto retirado de: Rodrigues, Olga Maria Piazentin Rolim. Educação especial: história, etiologia, conceitos e legislação vigente / Olga Maria Piazentim Rolim Rodrigues, Elisandra André Maranhe. In: Práticas em educação especial e inclusiva na área da deficiência mental / Vera Lúcia Messias Fialho Capellini (org.). – Bauru: MEC/FC/SEE, 2008.

Diferenças e preconceitos na escola: alternativas teóricas e práticas / Coordenação de Júlio Groppa Aquino. São Paulo, Summus, 1998.

Postagens de 2018/2

Mudar é preciso, evoluir faz parte da nossa condição humana As postagens realizadas neste último semestre, já estão vinculando prática ...